Certezas.

Contemplações. Eu sempre fui uma pessoa muito difícil, de gênio muito forte. Eu nunca precisei de muitos motivos para mandar alguém pastar, na verdade eu acaba inventando motivos. E sinceramente eu achava que nunca ia encontrar alguém com quem eu quisesse estar a todo momento, sem aquela chatice de rotina, sem que eu desejasse vomitar se tivesse que ver sua cara mais que dois dias seguidos.

E é muito estranho quando você não consegue enjoar de ver uma pessoa, mesmo que seja todo dia. That boy... Eu não sei o que ele faz, sinceramente não sei. Só sei que eu gosto. Ele me ama sem cobranças, sem atrasos e diz-que-disses, sem o piegas de sempre, ele me ama me surpreendendo e isso me faz cada vez mais apaixonada.

Certas vezes os fantasmas do passado me assombram, mas é incrível o jeito como ele manda todos embora com um simples abraço. Eu tive medo de não querê-lo mais, eu tive medo de que um dia meus olhos para ele fossem cansados, tive medo de que o encanto acabasse.

Mas aqui estamos, e já com quase três meses.

Todas as vezes que gostei tanto tempo de alguém ou mais até foi por não tê-lo (síndrome de menina mimada, que só quer aquilo que não tem), eu nunca me permiti amar alguém e ser amada, sem culpas e dramas, sem novelas mexicanas passando diante dos olhos dos espectadores cotidianos.

Esses dias ele me disse que queria conversar e tava sério. Quando notei o medo que tomou conta do meu coração de que ele fosse terminar comigo, que perdurou até que eu vi que estava tudo na mais perfeita ordem, vi que talvez goste dele mais do que imagino. Nosso amor ainda vai ser construído, e o que me alegra é que está sendo aos poucos, se tornará um amor maduro, sem castelos de areia, sem coisas feitas às pressas.

Talvez eu esteja começando a entender o sentido de tudo isso. O amor de verdade vem sem culpa, surge aos poucos e com calma. Eu não o amo ainda mas eu sei que posso, com o tempo, calma e sabedoria.

Acho que estou amadurecendo. "p