
Eu tenho evitado falar sobre ou até mesmo me lembrar, mas é inevitável. Quase nas vésperas de fazer um ano que minha super grandma faleceu se torna mais difícil a cada minuto fingir que não está doendo, que o buraco está preenchido.
Foi redecorando meu quarto e ajeitando minhas bagunças que encontrei numa caixinha cor-de-rosa (a caixa das lembranças) fotos e cartões de natal de um tempo que só Deus sabe o quanto era bom. Era bom tê-la por perto, era bom ter o se abraço e a sua presença.
Ontem enquanto tomava banho me sentei no chão e como uma criança chorei, simplesmente porque às vezes se torna mais difícil do que o normal. Eu tenho medo de amar alguém, porque todas as pessoas que eu amo eu perco, e, sinceramente, não sei se aguento perder mais alguém. E o mais angustiante é saber que é inevitável, pois a morte é o final da vida e chega para todos, sem exceções nem para imperadores ou presidentes ou pessoas da alta sociedade.
Talvez eu seja sentimental demais. Ou talvez só ame demais as pessoas à minha volta, o que torna insuportável perdê-las. Eu não estava preparada pra perder alguém, e não sei porque cargas d'água meus deuses acharam que eu poderia suportar.
Há dias que são difíceis, talvez hoje seja um desses dias.
Só queria que soubesse, eu nunca vou esquecer dos meus almoços especiais ou das conversas empolgantes antes da hora de dormir, ou mesmo das olhares críticos. Não vou esquecer (nunca) sua essência como um todo, porque eu a amo para toda a eternidade.
I miss you.
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